quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Vida


Acho que nenhum dia na minha vida foi tão preenchido de sentimentos como o de hoje.
Desespero, agonia, tristeza, felicidade, vergonha, orgulho...
Mas nada tirará do meu peito a pedra que hoje se cravou no meu coração e nada cegará a minha alma para que esta não veja a nova luz que para ela brilha.
A vida ganhou um novo valor. Se isso é bom ou mau? Não sei, depende de tudo o resto.
Vida... Frágil, efémera como a chama de uma vela que arde ao vento. Porque será que lhe damos tanto valor? Porque ela é como uma borboleta... Frágil e, ainda assim, bela.
Por vezes podemos pensar que a Morte é injusta e cruel... Mas ela existe apenas para que a Vida não esteja só... Duas borboletas que voam em direcção à mesma luz.
Só é pena que uma delas seja tão difícil de aceitar e que as lágrimas por ela provocadas nunca sequem...
A Morte nunca deixará de ser uma borboleta fria e afiada, que com as finas patas nos dilacera a carne e nos expõe ao pior dos sofrimentos... Aquele de não podermos fazer mais nada.

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