terça-feira, 25 de agosto de 2009

A tua voz rouca chama-me no escuro, o luar permite apenas distinguir a tua pálida silhueta, o olhar aceso de desejo.
Estendes-me a mão e puxas-me para ti, envolves-me com os teus braços e afundas a cara do meu cabelo, percorrendo a linha do meu pescoço com a língua.
Sem em momento algum me largares, sentas-te no sofá e eu sento-me sobre ti, beijando os teus lábios num toque tão profundo quanto a alma, sentindo a tua pele a queimar a minha.
As tuas mãos percorrem o meu corpo, enlouquecem-me. Roço-me a ti, arranho-te e gemo baixinho ao teu ouvido. Um gemido só para ti, o único que consegue despertar em mim tão avassaladora paixão.
Os teus lábios percorrem o meu peito, a minha respiração acelera e o som dos meus gemidos eleva-se, abafando os teus.
Rapidamente nos unimos, dançamos uma valsa primitiva como o Mundo na qual somos apenas um ser... Um ser completo, perfeito e inigualável.
Atingimos o auge do prazer em simultâneo, com o esplendor de uma Primavera florida que desabrocha após um Inverno rigoroso, e entregamo-nos tremulamente aos braços um do outro, envolvidos numa penumbra de carinho.
Queria ficar junto a ti para sempre, sentir-te sempre como parte de mim.

- Rachele Crimson de Souza
Poema inspirado em Willian Marinho de Souza (Morgan).

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