Corro, corro depressa pelo solo de pedra e salto.
Salto para o abismo azul e fresco, para o interior da falésia.
O meu corpo paira momentaneamente no ar, o tempo parece congelar e a água gelada atinge-me mais depressa do que esperava, faz-me esquecer tudo o que até então me preocupava.
Um frio cortante invade-me o peito e causa-me uma dor intensa que, incrivelmente, não é desagradável.
O meu corpo retorna suavemente à superfície, leve como uma pluma, elevado pelas doces melodias subaquáticas. Não sinto qualquer necessidade de respirar.
Tudo à minha volta é uma mistura incompreensível de verdes e azuis, um vórtice fantástico de ilusão, luz e escuridão.
Há quem lhe chame morte. Eu chamar-lhe-ia felicidade.
1 comentário:
Nem tenho palavras.
Amei
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