Ele estava tão lindo a dormir, tão calmo. No seu rosto estava espelhado um pequeno e suave sorriso, parecia uma criança. Encostei a minha cabeça ao seu peito e ouvi com atenção as batidas do coração daquele que ao primeiro olhar me conquistara.
Os braços dele abraçavam-me, transmitiam-me um calor que nunca tinha sentido nem voltarei a sentir.
Passei levemente a mão pelo seu rosto macio. Queria prolongar aquele momento para sempre.
Passado pouco tempo, os seus olhos abriram-se devagar.
Estavam com uma tonalidade estranha devido à pouca luz, mas o carinho com que me ele me encarava era claramente perceptível.
Beijei-o, aproveitando ao máximo a suavidade das suas carícias, o modo como a sua língua se entrelaçava na minha.
Mordeu-me o lábio e desceu lentamente pelo meu pescoço, beijando-o e mordendo-o, deixando a sua marca em mim.
As minhas mãos afundaram-se no cabelo dele quando se ergueu sobre a cama e se posicionou entre as minhas pernas. Segurou-me os pulsos com apenas uma mão e com a outra começou a tocar-me devagar, preparando-me para o que viria depois.
Gemi alto e senti-o beijar-me a face. Sussurrou-me ao ouvido que adorava os meus gemidos, que o deixavam fora de si.
Pelo volume que senti de seguida e pelo seu ofegar suplicante, sei que não podia estar a mentir.
Começou a sugar os meus mamilos carinhosamente e, sem avisar, entrou dentro de mim, penetrando-me com força.
Contraí-me com dores e cravei-lhe as unhas nas costas com força, arranhando-o. Passado pouco tempo a dor tinha dado lugar unicamente ao prazer.
Ele era gentil comigo, nunca me quis magoar.
Sentou-se e sentou-me ao seu colo. Neste ângulo a luz incidia nos seus olhos e vi-os brilhantes como nunca antes, lacrimejantes.
Beijei-o e limpei-lhe as lágrimas, continuando com os movimentos de ancas que cada vez lhe arrancavam gemidos mais altos.
Senti-o abraçar-me a cintura com mais força, pedindo-me que aumentasse a velocidade do que fazia.
Os meus braços enlaçavam o pescoço dele no momento em que estremeceu, jorrando dentro e mim e fazendo-me desfrutar também do auge do prazer.
Foi essa a primeira e única vez em que ele disse o meu nome verdadeiro, ofegante.
Eu nada disse, deixei que o meu corpo falasse por mim.
Assim, deitámo-nos lado a lado e contemplámos o tecto, em silêncio.
Os únicos sons que se ouviam eram os da chuva lá fora e as nossas respirações, agora mais calmas.
-Desculpa… - murmurou ele ao fim de algum tempo – não sabia que eras virgem. Não queria que tivesse sido assim… Perdoas-me?
Olhei-o nos olhos, de novo marejados de lágrimas brilhantes.
-Não te preocupes, amor. O importante é que estás aqui, comigo. Nada mais importa – sussurrei, abraçando-o.
Os seus olhos fecharam-se lentamente e o seu corpo aproximou-se mais do meu, envolvendo-me na carícia do seu calor.
Deixei-me embalar na melodia da sua respiração, compassada pelo bater do seu coração. A presença dele deixava-me calma, como se nada de mal pudesse acontecer
enquanto ele estivesse por perto.
Fechei também eu os olhos e adormeci, julgando-me num sonho sem fim.
Acordei algumas horas depois.
Estava sozinha na cama e, ao meu lado, repousava um bilhete escrito com caligrafia perfeita:
“Bom-dia, amor.
Espero que tenhas dormido bem, não fazes ideia o quão importante os momentos que passámos são para mim. Espero que também o sejam para ti.
Como te disse ontem, tenho de ir buscar o meu irmão ao aeroporto. Se tudo correr bem, estarei de volta antes das 18h00.
Beijos, amo-te.”
Olhei para o relógio, marcava as 16h45.
Levantei-me e fui até à casa de banho. Abri a água do chuveiro e entrei no pequeno cubículo do apartamento à beira mar.
Após o meu duche, vesti-me e comi. Quando voltei a olhar para o relógio já eram perto de 17h30.
O tempo passou e passou, passaram as 18h00 e ele não chegou.
Fiquei preocupada e achei estranho que não tivesse sequer enviado uma mensagem para avisar que ia chegar tarde.
Mas foi nesse momento que o telemóvel tocou, fazendo-me suspirar de alívio.
Só que não foi ele que me telefonou.
Era do hospital local. Houve um acidente de viação. Ele e o irmão tinham dado entrada nas urgências.
“Como é que eles estão?” – perguntei a medo.
Fez-se silêncio do outro lado durante um instante.
“Não resistiram. A ambulância demorou demasiado tempo a chegar” – foi a resposta.
A pessoa do outro lado, uma mulher, continuou a falar, a tentar acalmar-me, no entanto desliguei a chamada.
Não consegui chorar, estava demasiado apática para o fazer. Ainda não conseguia acreditar do que acontecera, pensei que tudo fosse apenas um horrível pesadelo, daqueles que sempre tive até à vinda dele.
Pus a tocar na aparelhagem o seu CD preferido, que tínhamos ouvido na noite anterior. Fui até à cozinha buscar a garrafa de vinho tinto que abrimos e deitei-me na cama ainda desfeita, ainda com o cheiro dele.
Na mesa de cabeceira estavam os comprimidos que costumava tomar para dormir, uma caixa quase inteira deles. Desde que ele chegou nunca mais precisei deles.
Olhei-os de relance e não pensei duas vezes: abri a caixa e coloquei os comprimidos na mão. Sabia que se os tomasse um a um poderia perder a coragem e desistir, por isso tomei-os de uma vez, com o vinho.
Enquanto isso, tocava a música que mais vezes ouvíamos.
“Red wine and sleeping pills
Help me get back to your arms…”
E foi isso mesmo que aconteceu. Voltei para ti, meu anjo.
Os braços dele abraçavam-me, transmitiam-me um calor que nunca tinha sentido nem voltarei a sentir.
Passei levemente a mão pelo seu rosto macio. Queria prolongar aquele momento para sempre.
Passado pouco tempo, os seus olhos abriram-se devagar.
Estavam com uma tonalidade estranha devido à pouca luz, mas o carinho com que me ele me encarava era claramente perceptível.
Beijei-o, aproveitando ao máximo a suavidade das suas carícias, o modo como a sua língua se entrelaçava na minha.
Mordeu-me o lábio e desceu lentamente pelo meu pescoço, beijando-o e mordendo-o, deixando a sua marca em mim.
As minhas mãos afundaram-se no cabelo dele quando se ergueu sobre a cama e se posicionou entre as minhas pernas. Segurou-me os pulsos com apenas uma mão e com a outra começou a tocar-me devagar, preparando-me para o que viria depois.
Gemi alto e senti-o beijar-me a face. Sussurrou-me ao ouvido que adorava os meus gemidos, que o deixavam fora de si.
Pelo volume que senti de seguida e pelo seu ofegar suplicante, sei que não podia estar a mentir.
Começou a sugar os meus mamilos carinhosamente e, sem avisar, entrou dentro de mim, penetrando-me com força.
Contraí-me com dores e cravei-lhe as unhas nas costas com força, arranhando-o. Passado pouco tempo a dor tinha dado lugar unicamente ao prazer.
Ele era gentil comigo, nunca me quis magoar.
Sentou-se e sentou-me ao seu colo. Neste ângulo a luz incidia nos seus olhos e vi-os brilhantes como nunca antes, lacrimejantes.
Beijei-o e limpei-lhe as lágrimas, continuando com os movimentos de ancas que cada vez lhe arrancavam gemidos mais altos.
Senti-o abraçar-me a cintura com mais força, pedindo-me que aumentasse a velocidade do que fazia.
Os meus braços enlaçavam o pescoço dele no momento em que estremeceu, jorrando dentro e mim e fazendo-me desfrutar também do auge do prazer.
Foi essa a primeira e única vez em que ele disse o meu nome verdadeiro, ofegante.
Eu nada disse, deixei que o meu corpo falasse por mim.
Assim, deitámo-nos lado a lado e contemplámos o tecto, em silêncio.
Os únicos sons que se ouviam eram os da chuva lá fora e as nossas respirações, agora mais calmas.
-Desculpa… - murmurou ele ao fim de algum tempo – não sabia que eras virgem. Não queria que tivesse sido assim… Perdoas-me?
Olhei-o nos olhos, de novo marejados de lágrimas brilhantes.
-Não te preocupes, amor. O importante é que estás aqui, comigo. Nada mais importa – sussurrei, abraçando-o.
Os seus olhos fecharam-se lentamente e o seu corpo aproximou-se mais do meu, envolvendo-me na carícia do seu calor.
Deixei-me embalar na melodia da sua respiração, compassada pelo bater do seu coração. A presença dele deixava-me calma, como se nada de mal pudesse acontecer
enquanto ele estivesse por perto.
Fechei também eu os olhos e adormeci, julgando-me num sonho sem fim.
Acordei algumas horas depois.
Estava sozinha na cama e, ao meu lado, repousava um bilhete escrito com caligrafia perfeita:
“Bom-dia, amor.
Espero que tenhas dormido bem, não fazes ideia o quão importante os momentos que passámos são para mim. Espero que também o sejam para ti.
Como te disse ontem, tenho de ir buscar o meu irmão ao aeroporto. Se tudo correr bem, estarei de volta antes das 18h00.
Beijos, amo-te.”
Olhei para o relógio, marcava as 16h45.
Levantei-me e fui até à casa de banho. Abri a água do chuveiro e entrei no pequeno cubículo do apartamento à beira mar.
Após o meu duche, vesti-me e comi. Quando voltei a olhar para o relógio já eram perto de 17h30.
O tempo passou e passou, passaram as 18h00 e ele não chegou.
Fiquei preocupada e achei estranho que não tivesse sequer enviado uma mensagem para avisar que ia chegar tarde.
Mas foi nesse momento que o telemóvel tocou, fazendo-me suspirar de alívio.
Só que não foi ele que me telefonou.
Era do hospital local. Houve um acidente de viação. Ele e o irmão tinham dado entrada nas urgências.
“Como é que eles estão?” – perguntei a medo.
Fez-se silêncio do outro lado durante um instante.
“Não resistiram. A ambulância demorou demasiado tempo a chegar” – foi a resposta.
A pessoa do outro lado, uma mulher, continuou a falar, a tentar acalmar-me, no entanto desliguei a chamada.
Não consegui chorar, estava demasiado apática para o fazer. Ainda não conseguia acreditar do que acontecera, pensei que tudo fosse apenas um horrível pesadelo, daqueles que sempre tive até à vinda dele.
Pus a tocar na aparelhagem o seu CD preferido, que tínhamos ouvido na noite anterior. Fui até à cozinha buscar a garrafa de vinho tinto que abrimos e deitei-me na cama ainda desfeita, ainda com o cheiro dele.
Na mesa de cabeceira estavam os comprimidos que costumava tomar para dormir, uma caixa quase inteira deles. Desde que ele chegou nunca mais precisei deles.
Olhei-os de relance e não pensei duas vezes: abri a caixa e coloquei os comprimidos na mão. Sabia que se os tomasse um a um poderia perder a coragem e desistir, por isso tomei-os de uma vez, com o vinho.
Enquanto isso, tocava a música que mais vezes ouvíamos.
“Red wine and sleeping pills
Help me get back to your arms…”
E foi isso mesmo que aconteceu. Voltei para ti, meu anjo.
6 comentários:
Está lindo... Dramático.. Mas lindo a serio... Adorei!
~Erunáme~
Dramática e romântica, trágica, algo "picante", mas sem dúvida uma linda história de amor!!!!
Tens muito jeto para escrever!!!!!!!!!!!!
beijus!!!!!
Raquel estas histórias sao o que me cativam a ler sinceramente esta história e espectacular adoro este tipo de histórias fiquei mesmo triste foi por ele ter morrido faz me lembrar uma história de um filme que eu vi que me fez chorar imenso
Parabens e quando editares um livro quero um livro autografado :)
Beijinhos KEEP ON WRITTING ... We love your stories :)
Adoro o jeito como escreve ^~
Já disse isso antes e torno a falar!
Tens muita criatividade e escreve de uma forma muito bonita, expressando cada sentimento...^^
Sempre que escrever mais, me mande, é um prazer ler ;}
bjao do ruivo!
Adorei, está lindo tens muito jeito, a sério.
Continua a escrever, adorei a história tipo "Dorama",^^.
Uau, adorei :P
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