quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Solidão


Deitada na cama, olho pela janela do quarto.
Enormes nuvens cinzentas cobrem o ceu, a tempestade veio para ficar.
No andar inferior toca o gira discos esquecido, agora abafado pelo som das lagrimas dos anjos.
Lagrimas correm tambem pelas minhas faces de marmore, aparentemente sem qualquer motivo.
Sinto a razao abandonar me aos poucos, a luz vai desaparecendo no horizonte.
Levanto me com cuidado, deixo a roupa caida no chao e tiro as laminas da gaveta da comoda.
O sangue corre a mesma velocidade que a minha consciencia e embalada pela suave cançao da morte.
A porta abre se e ouve se um grito. Ele chegou.
Um sorriso forma se nos meus labios descorados ao sentir a sua preocupaçao ao fim de tanto tempo de espera.
"Chegaste demasiado tarde..."