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Amo-te.
My Own Psychedelic Crime (Psyche's World)
Dá-me a mão antes que evapore, antes que desapareça…
Agarra-me, abraça-me, não me deixes ir.
Quero ficar junto a ti, mesmo que seja por apenas mais alguns minutos.
Dá-me forças para continuar, guia os meus passos.
Sinto que começo a flutuar, o meu corpo afasta-se do teu à medida que pairo sobre a vossa realidade azul, uma realidade que para mim apenas representa a ilusão.
Enganaste-me, tal como toda a realidade falsa e esculpida que te rodeia. Foste para mim uma miragem de carne e osso, alguém que parecia estar lá mas, ao fim e ao cabo, a tua mente vagueava além dos sentidos, esquecendo-se da pessoa com quem estavas e idealizando outra.
Com um suspiro do vento vejo a tua face nublada e sei que mesmo que mudes de ideias, me tentes segurar e impedir de cair, isso não acontecerá.
Não vou cair, embora seja esse o modo como encaras a minha nova vida.
Vou subir alto, cada vez mais alto, e distanciar-me das nuvens que encerram esta tua utopia fingida.
Adeus, meu amor.
Há aquelas músicas que nos marcam durante a vida inteira.
Como podemos esquecer as pessoas que tornaram essas melodias parte da nossa vida?
Como podemos afugentar antigas memórias ao som de notas tão conhecidas?
Como podemos evitar as lágrimas ao saber que o tempo não volta atrás, mesmo sendo as palavras cantadas eternas?
A resposta é simples: não podemos. Podemos, no entanto, esperar que as lágrimas sequem e a dor diminua. Não adianta esperar que desapareça, porque isso não acontece.
A felicidade e uma vida sem dor são apenas a utopia suprema de todo o ser humano.